As campanhas educativas do governo de combate ao tabagismo não estão conseguindo sensibilizar a população mais vulnerável ao uso do cigarro: os adolescentes. A opinião é do cirurgião de cabeça e pescoço e professor de Oncologia da Universidade de São Paulo, Luiz Paulo Kowalski, que propõe uma mudança de estratégia.
Para ele, ao invés de falar em riscos à saúde, certamente, seria mais eficiente se as campanhas ressaltassem a mudança no hálito, na pele ou como o uso do cigarro contribui para o envelhecimento precoce.
O médico Luiz Paulo Kowalski proferiu palestra, na noite de ontem, no Teatro Celina Queiroz, da Universidade de Fortaleza (Unifor), sobre "Epidemiologia e prevenção do câncer relacionado ao tabaco", para professores e alunos dos cursos da área de saúde da instituição.
As campanhas centradas na cultura do medo não têm funcionado a contento entre os adolescentes por diversos fatores, explica o palestrante. Dentre eles, porque nessa faixa etária as pessoas costumam gostar de desafios e não são os males à saúde oriundos do tabagismo que irão convencê-las a deixar o cigarro.
"Além disso, os adolescentes muitas vezes se sentem super-homens e poderosos ao romper barreiras impostas pela sociedade", lembrou, ponderando que questões estéticas poderão ser mais convincentes. Ou seja, se o uso do cigarro afeta os vasos sanguíneos e prejudica o organismo como um todo, inclusive provocando envelhecimento precoce por que não mostrar isso?, interrogou o médico.
Fonte Diário do Nordeste
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